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Mostrando postagens de maio, 2009

A herança maldita

A crise econômica chegou a Simão Dias com um efeito bem mais drástico que nos demais municípios. O discurso agora é cortar gastos e demitir funcionários. Precisamos pensar como essa crise chegou tão mais depressa a Simão Dias, ou será que já existia uma crise instalada na administração pública municipal que só agora deu as caras? Será que na fazenda municipal o vaqueiro soltou o gado e a vaca foi pro brejo? A população simãodiense é sabedora que o atual prefeito, Sr. Dênisson de Aquino assumiu a prefeitura cheia de dívidas deixada por seu correligionário Zé Valadares. As dívidas com o INSS e o FGTS são exemplos do descaso deixado pelo ex-alcáide. Mas não adianta chorar o leite derramado, é preciso que Dênisson Déda tenha a coragem de corrigir o inchaço na máquina administrativa sem colocar a conta para os professores pagarem. Defendemos que o município cumpra a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas não deixe de cumprir os compromissos sociais. Nos momentos de crises somos solidários com

"Tot homines tot sententiae"

Por George Washington* Foram quase 21 anos de caduquice, mas, enfim, foi-se por terra a chamada Lei de Imprensa, sepultada pelos senhores ministros e ministras do Supremo Tribunal Federal, no último dia 30 de abril. Digo caduquice porque a Lei Federal 5.250/67, que regulamentava a liberdade de manifestação do pensamento e de informação, desde a promulgação da Constituição Cidadã, em outubro de 1988, era praticamente letra morta, pois vários de seus artigos colidiam frontalmente com esta última. E quem conhece minimamente de legislação sabe que nenhuma lei menor pode se sobrepor a uma outra maior; e a Carta Magna é a nossa lei maior. Portanto, a Lei de Imprensa, na prática, já não se sustentava, já não servia para muita coisa, a não ser nos lembrar que um dia o Brasil teve uma lei linha dura, ditatorial para enquadrar jornalistas, imprensa e até espetáculos e diversões públicas. Era um anacronismo, em tempos de Estado Democrático de Direito. Mas mesmo ultrapassada, havia nela dispositiv

PARA EDUCADORES: Se o aluno não entende a influência da mídia, está desconhecendo a si próprio

A jornalista Katarine Flor, do Núcleo Piratininga de Comunicação, fez uma entrevista muito interessante com a professora Carmen Lozza, da Universidade Federal Fluminense. O tema é extramente relevante e vale a pena refletir. O curso de Jornalismo de Políticas Públicas Sociais da UFRJ, coordenado pelo professor Evandro Ouriques, recebeu no dia 27 de abril a professora aposentada da UFF Carmen Lozza, diretora do Programa Jornal e Educação. Ela ressaltou a importância de se levar o jornal para as escolas, e incentivar a leitura crítica da mídia. “É um recurso didático, que precisa ser conhecido, lido e interpretado”. Para ela, é necessário buscar a reflexão crítica dos alunos sobre a influência da mídia nos indivíduos, para que eles saibam fazer escolhas. E enfatizou o compromisso social da escola nesse processo. BoletimNPC - A senhora falou sobre a influência da mídia nas escolhas individuais e que é importante trabalhar uma visão crítica com os alunos. Por que isso é tão importante? Car

Mídia empresarial conseguiu fazer pobre gostar do seu muro da vergonha

Por Vito Giannotti Publicado no BoletimNPC 144 Na Carta Capital de 8/4/09, Mino Carta mostra sua indignação contra a construção do que podemos chamar de “o muro 1a7d da vergonha do Rio de Janeiro”. Na seção “A Semana”, um curto título diz tudo: “Favelas no paredão”. Mino deixa clara sua posição: “A iniciativa do governador Sérgio Cabral (PMDB) agrada em cheio àquela parcela da população que, se pudesse, além de murar, taparia com uma laje ou implodiria as aglomerações de pobres que recobrem os morros cariocas”. Não precisa dizer mais nada. É exatamente isso mesmo. Esta classe que olha com nojo para estes pobres é a que quer um “choque de ordem”. Ela gostaria de murar bem murados todos estes favelados debaixo de uma bela laje e aí daria graças ao bom Deus se pudesse colocar uns canos de gás para fazer um belo holocausto… igual aos de Auschwitz, Dachau, Mathausen etc.. Mas até aqui nada de novo. O que é novo é ver a estatística do DataFolha de 13/4, que mostra que mais pobres do que rico