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Mostrando postagens de abril, 2009

Nossa cultura mima os adolescentes

por Ricardo Prado Para a psicanalista, Maria Rita Kehl, o professor precisa aprender a valorizar seu capital intelectual, que não tem preço A psicanalista Maria Rita Kehl é uma observadora atenta do que acontece nas escolas, embora não se apresente como especialista em educação. Também reflete agudamente sobre os dilemas e contradições da juventude, seja a partir das queixas de pais e professores, em sessões individuais de terapia, seja prestando consultoria a escolas com problemas de indisciplina. Nesta entrevista concedida a Ricardo Prado, sob o olhar vigilante de um Sigmund Freud na estante de seu consultório, Maria Rita alerta para os riscos vividos pelas escolas que negociam demais sua cultura de socialização e transmissão de saberes com a cultura juvenil. E atenta para o papel decisivo da publicidade como indutora do convite ao prazer, ao “barato” imediato. O que pode ser uma droga, literalmente. Carta na Escola: As diferenças entre a cultura escolar e a cultura da juventude pode

O que fazer da bancarrota dos bancos?

Embora a crise econômica seja o mais importante tema do momento, está sendo discutida em mesas pequenas, com público diminuto. Não se tornou um tema da massa do Fórum Social. A crise galopa e nós andamos a passo de tartaruga. Vai acabar emplacando uma solução Obama. Bernardo Kucinski Ao negar sua função básica de canalizar poupanças para o giro da economia, os bancos privados não estariam cavando sua sepultura? O que fazer para forçar os bancos a soltar o dinheiro que estão recebendo dos governos? O que fazer com os grandes bancos e instituições do sistema financeiro internacional, como o FMI e Banco Mundial, que fracassaram vergonhosamente antes, durante e depois da crise? Que alternativas o movimento social poderia emplacar? Achar que apenas uma nova regulamentação resolveria o problema dos bancos é pensar pequeno, disse o economista do DIEESE, Adhemir Mineiro, num dos seminários do Fórum que tratam da crise.”É usar como remédio o próprio veneno.” Para ele não se trata simplesmente d

Crise financeira?

Teoricamente, temos uma crise clássica na interpretação marxista: é de realização do valor, mas aqui está sua novidade: a produção do valor se dá na China e sua realização nos EUA. É no que pode dar a assimetria entre os 10% de crescimento da China e os modestos 3 a 4% dos EUA. Nos últimos vinte anos, o capitalismo experimenta uma violentíssima expansão: 800 milhões de trabalhadores foram transformados em operários entre a Índia e a China, e em todos os países do arco asiático. Uma ampliação quase sem precedentes na história mundial das fronteiras da mais-valia. A análise é de Francisco de Oliveira. Francisco de Oliveira Tornou-se dominante interpretar a atual crise econômica mundial como financeira, inclusive nos arraiais marxistas, seguindo-se as indicações elaboradas por François Chesnais sobre os regimes de acumulação à dominância financeira. E as evidências empíricas levam água ao moinho dessa explicação, haja visto que foi o estouro das chamadas hipotecas subprime, que acendeu, f