Nossa cultura mima os adolescentes
por Ricardo Prado Para a psicanalista, Maria Rita Kehl, o professor precisa aprender a valorizar seu capital intelectual, que não tem preço A psicanalista Maria Rita Kehl é uma observadora atenta do que acontece nas escolas, embora não se apresente como especialista em educação. Também reflete agudamente sobre os dilemas e contradições da juventude, seja a partir das queixas de pais e professores, em sessões individuais de terapia, seja prestando consultoria a escolas com problemas de indisciplina. Nesta entrevista concedida a Ricardo Prado, sob o olhar vigilante de um Sigmund Freud na estante de seu consultório, Maria Rita alerta para os riscos vividos pelas escolas que negociam demais sua cultura de socialização e transmissão de saberes com a cultura juvenil. E atenta para o papel decisivo da publicidade como indutora do convite ao prazer, ao “barato” imediato. O que pode ser uma droga, literalmente. Carta na Escola: As diferenças entre a cultura escolar e a cultura da juventude pode